sábado, 3 de setembro de 2011

SONETO

Já da morte o palor me cobre o rosto,
nos lábios meus o alento desfalece,
surda agonia o coração fenece,
e devora meu ser mortal desgosto!


Do leito embalde no macio encosto
tento o sono reter!...já esmorece
o corpo exausto que o repouso esquece...
eis o estado em que a mágoa me tem posto!


O adeus, o teu adeus, minha saudade,
fazem que insano do viver me prive
e tenha os olhos meus na escuridade.


Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
olhos por quem viveu quem já não vive!

Nenhum comentário:

Postar um comentário